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Lédio Búrigo (1929-2012)

Pai das cores do uniforme do Tigre

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Após mudar o nome de Comerciário para Criciúma no final da década de 70, o time catarinense resolveu, anos depois, trocar também a cor do uniforme, até então azul.

Comerciante da cidade, o sócio do clube Lédio Búrigo mandou trazer de Brusque, polo têxtil do Estado, 50 camisas de diferentes cores.

A que mais lhe agradou combinava preto (representa o carvão, base da economia local), amarelo (a riqueza da região) e branco (cor predominante no uniforme dos clubes das cidades mineiras do sul de Santa Catarina).

Com a aprovação dos outros membros do clube, o Tigre estreou, em 1984, as cores que ostenta até hoje.

Apesar de também torcer para o Vasco, Lédio era apaixonado mesmo pelo Criciúma. Não perdia um só jogo, até de bengala foi para o estádio Heriberto Hülse.

O fanatismo pelo futebol ela passou para as outras gerações da família: um dos filhos já foi presidente do time.

Na cidade que adotou para viver -era da vizinha Urussanga-, encontrou Aracy, outra paixão de sua vida.

Se conheceram passeando pela praça Nereu Ramos, no centro de Criciúma, e casaram-se em 1952. Da união, nasceram quatro filhos: Rozângela, José Sérgio, Roberto e Maria Grazia.

Era o estereótipo do gordinho alegre, bem-humorado. "Ele se dava bem com todo o mundo, era uma companhia gostosa", afirma José Sérgio.

Viúvo havia três anos, sofreu um infarto no sábado (18) -sem problemas de saúde, era considerado um "gordinho saudável", diz a família.

Tinha 82 anos. Além dos filhos, deixa oito netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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