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Redes humanitárias também 'exportam' jovens brasileiros

DE RIBEIRÃO PRETO

Grandes organismos internacionais de ajuda humanitária com representação no Brasil registram uma tímida presença de estrangeiros voluntários por aqui.

O mais comum é o contrário: "exportarem" brasileiros para ajudar países carentes na África, na América Central e na Ásia.

O VNU, programa de voluntariado da ONU (Organização das Nações Unidas), trouxe cinco estrangeiros ao Brasil no ano passado; em contrapartida, exportou 38 brasileiros.

A maioria foi enviada a El Salvador e Timor Leste.

São pessoas como o psicólogo paulistano Flavio Lopes Ribeiro, 33. Ele coordena quatro brasileiros em um projeto na cidade de San Vicente, em El Salvador.

O grupo está no país há um ano. Além de criarem hortas em escolas para fortalecer a merenda dos alunos, ensinam professores e líderes comunitários a prevenir desastres -por exemplo, com simulações de terremotos e inspeção das estruturas físicas.

No Brasil, o psicólogo já trabalhou com pacientes com HIV e atendimento a famílias de favelas. Pela primeira vez é voluntário em outro país.

A urbanidade de São Paulo contrasta com o que Ribeiro encontrou em El Salvador: lá, ele vive na zona rural, sem água quente ou saneamento.

"Fora do trabalho, meus maiores problemas são os ratos, morcegos e insetos que se acumulam pelas ruas", lembra ele. Mesmo com o choque, diz que aprendeu a ter uma vida mais simples e a saber o que importa realmente e o que é supérfluo.

BOOM ECONÔMICO

Para Ananda Osório, assistente de programa do VNU, o crescimento econômico do Brasil influenciou os brasileiros a participarem mais de projetos em outros países necessitados.

O Greenpeace Brasil, referência na defesa do meio ambiente, recebeu neste ano quatro voluntários da Alemanha, Fiji e África do Sul. Em contrapartida, foram exportados para Suíça e Finlândia dois brasileiros, mesmo número do ano passado.

A rede Aiesec de intercambistas também enviará neste ano 1.700 brasileiros para realizarem serviço voluntário em outros países.

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