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Bancos desrespeitam lei que proíbe celular

Um ano após proibição, apenas 17 de 60 unidades visitadas impediram o uso de aparelho

TATIANA CAVALCANTI
DO “AGORA”

A lei municipal que proíbe a utilização de telefone celular dentro de agências bancárias completa um ano hoje, mas muitos bancos ainda ignoram a determinação.

A regra foi aprovada para diminuir os assaltos a clientes que sacam dinheiro.

Na última semana, a reportagem esteve em 60 agências nas cinco regiões da capital, dos bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco, HSBC e Santander. Em todas elas, simulou ligações de até dois minutos e envio de mensagem.

Do total de agências visitadas, somente em 17 os funcionários abordaram a reportagem e pediram para interromper a ligação simulada. E apenas a agência do HSBC no Cambuci (região central) impediu o envio de mensagens.

Em 16 delas, não havia placas sinalizando a proibição do celular e, em outras nove, elas não estavam visíveis.

A lei restringe o uso de celulares em espaços de movimentação financeira, como agências bancárias, caixas eletrônicos e similares, em toda a capital paulista.

FISCALIZAÇÃO

Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, o uso do aparelho móvel é fiscalizado por 700 fiscais, com a ajuda dos funcionários das agências.

A regra prevê multa de R$ 2.500 pelo descumprimento, valor que dobra no caso de reincidência. Com relação aos casos apontados pela reportagem, a secretaria diz que as subprefeituras vão fiscalizar as agências citadas.

PODER DE POLÍCIA

Todos os bancos afirmam que cumprem a lei. Banco do Brasil, Santander e HSBC disseram ainda que vão reforçar as orientações nas agências.

A Caixa Econômica Federal diz que deu recomendações para seus funcionários sobre a norma, mas afirma não ter "poder de polícia" para garantir a proibição. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) não respondeu.

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