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Luiz Pinto (1939-2012)

Retratou as paisagens do interior

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Sempre que tinha festa da igreja em Sete Lagoas (MG), o padre já sabia quem deveria chamar para fazer os cartazes de divulgação: o garoto Luiz Pinto, sensação no colégio por causa dos desenhos que ilustravam seus trabalhos.

Quando trocou os lápis de cor pelas tintas, Luiz recebeu dicas preciosas de um conterrâneo que também pintava: Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias de Os Trapalhões.

Sob orientação de artistas como Alberto da Veiga Guignard, iniciou seus estudos em 1955, retratando paisagens -que se tornariam a grande marca de sua carreira.

"Ele buscava o silêncio e uma contemplação quase religiosa dos locais que retratava", explica a filha Júnia, que foi marchand de Luiz.

Após 25 anos morando em Belo Horizonte, trouxe seu ateliê para São Paulo. Trocou o cotidiano rural mineiro pelas fazendas de café do interior (algumas pintadas sob encomenda), pela mata atlântica e por trechos de praia.

A partir dos anos 90, influenciado por suas frequentes viagens à Europa, começa a usar planos que se aproximam do espectador e a fazer experiências impressionistas.

Sem se preocupar com os rumos da arte contemporânea, manteve-se fiel às suas origens. Era considerado um dos principais representantes da arte figurativa no país. Em 1995, foi catalogado pelo a-nuário francês de arte Mayer.

Há dois anos, descobriu um câncer de pulmão. Morreu na quinta-feira (23), aos 73 anos. Deixa a viúva, Angela, as três filhas (Júnia, Juliana e Janaína) e quatro netos.

A missa do sétimo dia será hoje, às 19h, na paróquia São Bento, Morumbi, São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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