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Policiais federais decidem continuar greve

No último dia para acordo, entidade que representa categoria se negou a aceitar a proposta de reajuste do governo

Planejamento deve mandar hoje ao Congresso a previsão do orçamento com os reajustes negociados

FLÁVIA FOREQUE
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

Quarenta e oito dias depois de apresentar a primeira oferta de reajuste a servidores federais, o Ministério do Planejamento quer encaminhar hoje ao Congresso Nacional a previsão de orçamento para o próximo ano. O documento contém os aumentos negociados com diversas carreiras do funcionalismo público.

As exceções são: agentes, escrivães e papiloscopistas-especialistas em identificação- da Polícia Federal, auditores fiscais da Receita Federal e servidores de agências reguladoras em greve.

Apesar da insatisfação generalizada com a oferta do governo -reajuste médio de 15,8% até 2015-, a maior parte das categorias que estavam em greve aceitou a proposta e deve, até a próxima semana, retornar ao trabalho.

No caso da Polícia Federal, a federação que representa os servidores que estão parados se negou a assinar acordo com o governo e a colocar fim à paralisação.

"Não é por birra, [não aceitamos] porque o governo não quer tratar de questões importantes para nós", afirmou Marcos Wink, presidente da entidade.

A paralisação desses servidores, iniciada no dia 7 de agosto, prejudica o andamento de operações e investigações da corporação.

Já a confecção e entrega de passaportes devem ser normalizadas em breve: responsáveis por essa atividade, agentes administrativos da Polícia Federal decidiram encerrar a greve e aceitar o acordo.

Nas duas últimas semanas, esses servidores estavam atendendo apenas a casos de emergência, como viagens por motivo de saúde.

Hoje, segundo a federação da categoria, os servidores devem realizar uma assembleia, mas a assinatura do acordo está descartada.

AGÊNCIAS

O governo alertou as entidades sindicais que o prazo para assinatura do acordo vencia ontem, mas algumas categorias ainda devem deliberar hoje se assinam ou não a oferta.

É o caso dos auditores fiscais da Receita Federal e dos servidores de agências reguladoras que estão parados.

Frente à notícia de que faltavam medicamentos no país devido à paralisação da categoria, a Anvisa solicitou informações aos laboratórios sobre o motivo da carência.

Após analisar informações dos 14 laboratórios cujos produtos haviam sido apontados como em falta por pacientes e hospitais, a agência concluiu que nenhum dos itens citados está em falta em consequência da greve.

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