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Operário atingido por vergalhão sai de hospital

Ele não teve sequelas, apesar de a barra ter atravessado o crânio em obra no Rio

DO RIO

O operário Eduardo Leite, 24, que teve o crânio perfurado por um vergalhão numa obra na zona sul do Rio, deixou o hospital ontem. Caminhando e de boné, teve alta 15 dias depois da internação.

Antes, foi examinado em uma clínica particular onde mediu as funções do cérebro, além da capacidade de raciocínio e memória.

A barra de ferro da grossura de um dedo polegar entrou pela parte posterior do crânio e saiu por entre os olhos.

Ao sair do hospital, apenas acenou para a imprensa. Depois, concedeu entrevista a Globo, afirmando querer apenas ficar perto da família. "Às vezes, a gente sai para trabalhar e não tem tempo de dizer 'filho, eu te amo', 'esposa, eu te amo'". Leite contou que se lembra de tudo e sempre teve noção da gravidade.

"Fui amarrar um ferro e me dei conta quando afrouxou e caiu. Quando eu senti a pancada, eu falei: 'Aconteceu alguma coisa'. Mas procurei me manter tranquilo, ficar calmo, passar tranquilidade para os colegas ao lado", relatou.

Segundo os médicos, o operário chegou consciente ao hospital e passou por uma cirurgia de seis horas. Leite reagiu muito bem ao tratamento, sem apresentar infecção, mas vai precisar de acompanhamento.

Pela área atingida, o operário pode apresentar alterações de humor, com picos de felicidade ou depressão.

Em uma vistoria na obra, fiscais do conselho de engenharia concluíram que o vergalhão não estava bem amarrado quando foi içado.

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