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Piauí oficializa a vaquejada como atividade esportiva

NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO

A vaquejada, evento tradicional em todo o Nordeste, acaba de ser reconhecida pelo governo do Piauí.

O governador Wilson Martins (PSB) sancionou no início desta semana uma lei, proposta pela Assembleia, que regulamenta a vaquejada como "atividade desportiva e cultural" no Estado.

A medida revoltou diversas ONGs de proteção animal, que já estudam ir à Justiça para tentar derrubar a lei. Na vaquejada, uma dupla a cavalo persegue um boi em uma pista, com objetivo de derrubá-lo e, em seguida, dominá-lo.

"Quem pode dizer que isso não é cruel?", questiona a veterinária Roseli Klein, presidente da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais. Para ela, que já tinha enviado ofício para tentar impedir a aprovação do projeto na Assembleia e agora pretende acionar o Ministério Público, a nova lei representa um "retrocesso".

Ela diz que alguns animais são agredidos antes da prova, sofrem estresse e podem ter até hemorragias.

O deputado estadual Mauro Tapety (PMDB), autor do projeto e ex-adepto de vaquejadas, argumenta que a ideia era "preservar a cultura" no Estado e angariar recursos para os eventos.

"É a maior festa que temos em todo o interior do Nordeste. Temos que ter uma maneira legal, oficial, para ela acontecer", afirma.

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