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Joacil de Brito Pereira (1923-2012)

Advogado e político que se dedicou às letras

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

As primeiras obras Joacil de Brito Pereira escreveu já adulto, mas o gosto pela literatura e pelo teatro vinha desde pequeno: lia muito, atuava e até ajudou a fundar, no liceu Paraibano, em João Pessoa, o Teatro do Estudante.

Formado em direito (foi colega de Ariano Suassuna), dedicou os primeiros anos da juventude à profissão. Só depois vieram os livros -biografias, ensaios, romances e jurídicos- e as peças teatrais, sem abandonar a advocacia.

Para assinar suas obras, usava o Brito com dois tês.

Em 1972, o potiguar de Caicó entrou para a Academia Paraibana de Letras, entidade que presidiu por quatro mandatos. Também era membro da Academia Brasileira de Letras Jurídicas.

Entre suas obras destacam-se "Idealismo e Realismo na Obra de Maquiavel" -foi premiado na Itália com

ela-, "A Saga de uma Vida", biografia do escritor José Américo de Almeida, e as peças "Olga Benario Prestes" e "A Maldição de Carlota".

De fortes convicções políticas e ideológicas, foi deputado estadual e federal e ocupou importantes secretarias estaduais, como a Casa Civil. Também ajudou a fundar a seção paraibana da UDN (União Democrática Nacional).

Em casa, no entanto, era doce e sensível, conta a família. Costumava recitar poesia para os filhos quando pequenos. Sofreu muito com a morte do caçula, na época com 15 anos, vítima de acidente de carro -com ele, dividia a paixão pelo Flamengo.

Morreu na quarta-feira (29), aos 89 anos, de falência múltipla dos órgãos. Deixa a viúva, Neli, sete filhos, 18 netos e quatro bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br

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