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Para fraudar seguro, veículo é até enterrado

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Não há limites para a criatividade dos que tentam fraudar seguros.

Como o sujeito que alegou ter perdido o carro e, após denúncia anônima, descobriu-se que ele enterrara o veículo nas fundações da casa que estava construindo e jogara concreto por cima.

Quem conta é Julio Avellar, superintendente-geral da Central de Serviços da CNSeg (confederação nacional das seguradoras). Segundo ele, colocar fogo no próprio carro é muito raro. Os golpes mais comuns relacionados a veículos são o "autorroubo" e a inversão da culpa.

No primeiro caso, o proprietário vende o carro para um desmanche, por exemplo, e alega que foi roubado para ganhar indenização. No segundo, a vítima de uma batida diz que foi a culpada porque seu carro é coberto por seguro.

Segundo dados de 2011, 9,3% das indenizações tinham suspeita de fraude -prejuízo de R$ 1,3 bilhão. Apenas 1,4% das fraudes foram comprovadas.

As seguradoras contam com incoerências declaradas pela pessoa, com a ajuda da polícia e com denúncias anônimas para descobrir os crimes. "A maioria das pessoas é correta e os honestos não querem pagar mais pelo desonesto."

Outra pesquisa da entidade diz que 24% dos brasileiros admitem propensão a fraudar -principalmente os mais jovens, homens e com maior renda.

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