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Por reajuste, médicos vão deixar de atender planos de saúde hoje

Paralisação de um dia não afetará serviços de emergência; categoria pede aumento

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

Médicos decidiram paralisar hoje o atendimento a todos os planos de saúde no Estado para protestar contra a remuneração que recebem das operadoras. Serviços de emergência não serão afetados.

Essa será a quarta paralisação desde o ano passado. Eles planejam outra, nacional, em outubro, que poderá durar até 15 dias.

As entidades médicas afirmam que, desde 2011, tentam negociar reajustes com os planos, sem sucesso. Dizem ter feito mais de 40 reuniões com as operadoras no último ano, mas as propostas não foram satisfatórias.

Os médicos afirmam que os planos pagam R$ 50 por consulta, em média. Eles querem que o valor seja de ao menos R$ 80. Uma consulta particular custa em torno de R$ 300.

"As operadoras não fazem propostas consistentes. Com a paralisação, queremos alertar a população, que é a grande prejudicada com a situação", diz Florisval Meinão, presidente da APM (Associação Paulista de Medicina).

Segundo ele, o descontentamento faz com que muitos médicos se descredenciem dos planos e façam apenas consultas particulares.

Pesquisa do Datafolha em agosto apontou que 77% dos clientes de planos apontaram ter tido algum problema com o serviço, entre eles a dificuldade para marcar consultas.

A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que representa 15 das maiores operadoras do país, diz que os reajustes de honorários médicos têm sido acima da inflação e do reajuste de mensalidades autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

"A média paga por consulta a médicos credenciados às operadoras ligadas à FenaSaúde é de R$ 55,62. O médico que cumprir uma jornada de oito horas diárias [com consultas de meia hora] terá, ao fim de 22 dias de trabalho, uma remuneração total de R$ 19.578", disse, em nota.

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