Bando faz arrastão em prédio de alto padrão na zona leste

Câmeras, muro alto, cerca elétrica, monitoramento de uma empresa de segurança à distância, um vigilante na rua e uma base da Polícia Militar a menos de 200 metros.

Nada disso foi capaz de impedir que um prédio de alto padrão localizado na Vila Prudente (zona leste) fosse mais uma vítima de arrastão na cidade de São Paulo.

Esse foi o 17º caso no ano, conforme registros da Polícia Civil. Nessa ocorrência, o bando aproveitou que vários moradores estavam viajando no feriado prolongado e roubou 3 dos 12 apartamentos do prédio, que tem 300 metros quadrados e uma unidade por andar. Todos os imóveis roubados estavam vazios.

O arrastão aconteceu entre as 23h30 de sexta-feira e as 2h30 de sábado. O roubo em série começou quando uma mulher em um Honda Civic se aproximou do portão do estacionamento.

O porteiro autorizou sua entrada porque achou que o veículo era o de uma moradora do prédio.

Na sequência, outros dois carros, com oito homens armados com pistolas e fuzis, entraram no edifício. O bando rendeu o porteiro e foi direto para a cobertura, localizada no 12º andar.

"Eles ficaram mais tempo tentando arrombar a porta blindada da cobertura", disse um morador que pediu para não ter o nome divulgado.

Para entrar na cobertura, os bandidos subiram no terraço do prédio. De lá, desceram até o apartamento numa escada de uma obra que estava sendo feita no local.

"Eles quebraram a porta de vidro que dá para o quintal e invadiram", disse.

ALVO

Esse morador afirmou que os assaltantes sabiam quem eram os moradores do prédio.

"Os bandidos disseram ao porteiro os nomes de três condôminos e que sabiam que eles estavam fora", disse.

No momento do crime, havia moradores em apenas três apartamentos do prédio.

Um supervisor da empresa de segurança do edifício percebeu pelo sistema de monitoramento que algo estranho ocorria e foi ao local. Ao chegar, foi rendido e mantido refém dentro de um carro.

A quadrilha foi embora por volta das 2h30, depois que esse funcionário disse que havia chamado a polícia. O refém foi deixado na divisa com São Caetano do Sul (no ABC).

Até a conclusão desta edição, a polícia e os moradores não tinham informado o total de produtos roubados e nenhum criminoso havia sido preso nem identificado.