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Guarda civil dispersa viciados e moradores de rua no centro de SP

Após intervenção no largo São Francisco, no domingo, corporação ocupou ontem praça no parque Dom Pedro

Secretário municipal de Segurança Urbana diz que operações ocorrem com frequência e não visam população de rua

DO “AGORA”
DE SÃO PAULO

A Guarda Civil Metropolitana ocupou ontem uma praça no parque Dom Pedro, região central de São Paulo, e dispersou moradores de rua e dependentes químicos.

No domingo, a corporação já havia feito uma operação desse tipo no largo São Francisco, também no centro. A GCM foi acusada de usar gás pimenta e agredir moradores de rua que ocupam a área. A corporação nega, diz que ofereceu abrigo e foi hostilizada.

Na praça Ulisses Guimarães, no parque Dom Pedro, entre as avenidas do Estado e Mercúrio, havia se formado uma nova cracolândia. Muitas pessoas viviam em barracas sob os viadutos 25 de Março e Mercúrio e em buracos nas estruturas dessas vias.

Na tarde de ontem, bicicletas, carros, kombis e motocicletas da GCM faziam rondas na área. Os moradores de rua que insistiam em permanecer no local eram abordados pelos guardas. "Orientamos a procurar outro lugar, porque a área está sendo revitalizada", disse um agente.

DISPERSÃO

Moradores de rua e usuários de crack se espalharam pelo centro desde o início do ano, quando a Polícia Militar iniciou uma operação na cracolândia, na região da Luz.

O secretário de Segurança Urbana, Edsom Ortega, negou relação entre as duas operações. Disse que a operação no parque Dom Pedro já estava prevista e tem relação com obras de melhoria.

"Tem a ver com iluminação, com paisagismo e com assaltos que estavam ocorrendo na região", disse.

Segundo ele, a operação é integrada com outros setores da prefeitura e ocorre com frequência. "Em alguns momentos têm moradores de rua, em outros não têm. No largo São Francisco chamou atenção porque teve uma polêmica com moradores do entorno", disse o secretário.

Segundo ele, todas as operações da GCM são filmadas ou fotografadas e não há abusos dos agentes. Quando há denúncias de abusos, os casos, afirma, são investigados.

A GCM diz que foi ao largo São Francisco após uma reclamação de pichação de patrimônio histórico tombado.

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