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'Quem não reagiu está vivo', diz Alckmin sobre ação da Rota

Segundo governador, havia 'muitos criminosos' na chácara em Várzea Paulista onde nove morreram

Apesar de defender a operação, tucano afirma que toda a operação terá uma 'apuração rigorosa'

DO “AGORA”
DO ENVIADO ESPECIAL A JUNDIAÍ
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu ontem a operação da Rota, grupo de elite da Polícia Militar, em uma chácara de Várzea Paulista (a 54 km de São Paulo), que deixou nove mortos.

Oito mortos no suposto confronto são suspeitos de ligação com a facção criminosa PCC e teriam, segundo a PM, reagido à chegada da polícia. "Quem não reagiu está vivo", disse. "Você tem em um carro quatro [suspeitos]: dois morreram e dois estão vivos. [Eles] se entregaram."

Um homem, no entanto, que era "julgado" por um "tribunal" do PCC, também foi morto pela PM. Maciel Santana da Silva, 21, tinha sido "absolvido" da acusação de estupro pelo bando quando os policiais chegaram. Ele não tinha passagem pela polícia.

Os "tribunais do crime" são uma estratégia do PCC para punir criminosos não ligados ao bando, evitar que chamem a atenção da polícia e, assim, preservar as atividades criminosas da facção.

A declaração de Alckmin confirma a avaliação feita anteontem pelo Comando-Geral da PM de que houve confronto e a ação foi "legítima". Nenhum policial foi baleado e nenhum veículo da PM foi atingido. Cinco foram presos.

O governo informou ontem que o caso está sendo investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e Corregedoria da PM.

HISTÓRICO

A declaração de Alckmin é parecida com outras dadas desde que assumiu o cargo pela primeira vez, em 2001.

Em relação a ontem, ele defendeu a tese do confronto.

"Houve uma perseguição. Tivemos criminosos mortos e outros presos. Foram apreendidos metralhadoras, espingarda calibre 12, dinamite, explosivo, revólver, droga, um armamento extremamente pesado. Havia muitos criminosos na chácara e a polícia surpreendeu a todos."

Ele ressaltou, porém, que o caso terá "apuração rigorosa".

(TATIANA CAVALCANTI, JOSMAR JOZINO, ROGÉRIO PAGNAN, AFONSO BENITES E ANDRÉ CARAMANTE)

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