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Análise

Para o bem da cidade, cruzamentos precisam ser mais simples e uniformes

LUIZ CARLOS MANTOVANI NÉSPOLI
ESPECIAL PARA A FOLHA

A redução de atropelamentos na cidade de São Paulo foi um bom acontecimento para a capital.

Se qualquer acidente e morte no trânsito são indesejáveis, o atropelamento é o dos mais indignos. São toneladas de massa metálica em movimento contra a fragilidade do corpo humano.

O compartilhamento do mesmo espaço viário gerou hábitos e costumes muito ruins em nossa cultura. Isso devido a influência de inúmeros fatores.

Mudar essa cultura é tarefa da educação, o que deve ser feito por todos os meios disponíveis.

Em primeiro lugar, é preciso colocar a vida do ser humano como o centro das atenções e não o veículo. Assim como estabelecer regras que sejam bem definidas e compreensíveis por todos.

O pedestre ao pretender atravessar a rua tem diante de si 52 situações distintas.

Ainda, se há semáforo para ele, o pedestre deve aguardar no mínimo 90 segundos (um minuto e meio) para ter sua vez de atravessar a via, podendo chegar em muitos casos até a 140 segundos (dois minutos e dez segundos).

Isso, enquanto os motoristas têm que esperar, em média, 40 segundos.

Para estabelecer novos hábitos, é fundamental um programa permanente de comunicação de massa.

Mas, como ensinar corretamente o que se deve fazer diante de tantas configurações espaciais?

É necessário simplificar o ambiente dos cruzamentos e torná-los mais homogêneos aos olhos do pedestre, além, é claro, de dar a ele, no mínimo, as mesmas condições que são dadas aos veículos.

LUIZ CARLOS MANTOVANI NÉSPOLI é superintendente da ANTP.

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