Após seca de 62 dias, paulistano, enfim, tem chuva

Depois de penar por longos 62 dias de seca e enfrentar recordes consecutivos de calor, o paulistano ontem, finalmente, viu a chuva. Ela apareceu no final da tarde e atingiu principalmente a zona sul.

Até as 19h, a média de chuva em toda a cidade ficou em 1,4 mm, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura (1 mm equivale a um litro de água por metro quadrado).

Capela do Socorro, o bairro mais afetado, teve 13,6 mm. Em Congonhas, houve rajadas de vento de 50 km/h.

Como era esperado, a água aliviou o tempo quente. Entre as 18h e as 20h, a temperatura na cidade despencou nove graus -de 30,7°C para 21,7°C, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Foi um alívio para quem se revirou na cama na madrugada anterior, a mais quente dos últimos 33 anos, com 25,7°C.

"Não choveu forte, mas já deu uma aliviada. O vento úmido vai ajudar a dormir", afirma professora Teresa Soares, 47, moradora da Vila Madalena (zona oeste).

Ela conta que, com o umidificador quebrado, passou a espalhar bacias com água e toalhas molhadas pela casa.

Agora isso não será mais necessário. A previsão é que os próximos dias permaneçam nublados e com umidade do ar mais alta. "Até sexta-feira, o céu fica nublado, com chuvas isoladas, e a temperatura cai", afirma Natália Oliveira, técnica do CGE.

A chuva de ontem foi causada pela aproximação de uma frente fria que vem do Sul. Além da capital, ela atingiu cidades da Grande São Paulo como Santana de Parnaíba, Barueri, Cotia, Itapecerica da Serra e Jandira.

No interior, alguns dos municípios que tiveram chuva foram Avaré, Lins e Ibitinga.