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Kassab demite superintendente da Autarquia Hospitalar Municipal

Foram identificadas suspeitas de fraude na contratação de firma

DE SÃO PAULO

Investigada por irregularidades em contratos, a superintendente da Autarquia Hospitalar Municipal de São Paulo, Flavia Maria Porto Terzian, foi demitida pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) por orientação da Corregedoria-Geral do Município.

O órgão identificou suspeitas de fraudes na contratação de uma empresa de informática e de uma organização social para a gestão do Said (Serviço de Atenção Integral ao Dependente), clínica municipal para o tratamento de dependentes de drogas.

No fim de março, a Folha noticiou que a autarquia era investigada pelo Tribunal de Contas do Município por suspeitas de irregularidades em um contrato com a Input Center, que presta serviços de informática para o Hospital Municipal do Tatuapé.

O contrato, de R$ 249 mil mensais, estabelecido sem licitação, foi aditado e reajustado por várias vezes desde 2009, contrariando pareceres da área jurídica da autarquia.

Na época, a reportagem apurou que a empresa presenteou Terzian, que era gestora do hospital, com um iPad. A Input Center disse que o iPad foi dado para ela acompanhar a rotina do hospital.

A Folha já havia publicado que funcionários da autarquia eram suspeitos, em uma investigação da Polícia Civil, de receber propina para renovar contratos com uma empresa de alimentação.

No caso do Said, as suspeitas são de irregularidades no processo de contratação da Sociedade Hospitalar Samaritano, que recebe cerca de R$ 20 mil por mês por paciente da Autarquia Hospitalar Municipal para o tratamento.

O custo do tratamento é mais caro do que o de clínicas particulares de alto padrão. A prefeitura afirma que o local segue um "modelo de vanguarda".

A Folha não localizou a ex-superintendente ontem. Ela será substituída por André Luiz Araújo Casadio, médico da própria autarquia.

A prefeitura informou que as investigações foram iniciadas pela Corregedoria a pedido de Kassab, que recebeu denúncias anônimas, e que a demissão tem o objetivo de garantir "uma apuração isenta e completa das denúncias".

(EVANDRO SPINELLI E TALITA BEDINELLI)

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