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Novo comandante já retirou colegas mortos na favela

DO RIO

Oito anos após resgatar na favela os corpos de dois PMs mortos pela quadrilha do traficante Luciano Barbosa da Silva, o Lulu da Rocinha, o major Edson Santos, 38, retorna à área. Como comandante da maior UPP do Rio.

Falante, dizendo-se disposto a atender moradores, o major traz na farda uma lembrança daquela época: a caveira que simboliza o Bope (Batalhão de Operações Especiais). E não esquece daquela tarde de 2004.

"Ali comecei a conhecer a Rocinha. Desde então, voltei várias vezes e conheço bem a comunidade. Isso vai me ajudar hoje", conta o major, com 12 anos na Polícia Militar.

Nascido em uma das regiões mais violentas do Rio, a favela de Vigário Geral, o major ficou até os 24 anos em outra comunidade: o Dique. De lá foi para o Bope.

Filho de um pernambucano com uma alagoana, acredita que essa experiência vai ajudá-lo no relacionamento com os moradores da Rocinha. Dentre as 70 mil pessoas que vivem lá, boa parte é formada por nordestinos ou seus descendentes.

"É claro que isso facilita. Sei da realidade dessa gente e de suas necessidades", diz.

Neste período pré-UPP, ele já impediu que mototaxistas pagassem R$ 13 diários para a associação de moradores local porque havia uma suspeita de que esse recurso financiasse o tráfico. O lucro chegaria a R$ 273 mil por mês.

"Tenho passado a maior parte do tempo aqui até estabilizar o ambiente."

(MAM e DB)

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