42% das crianças de 10 a 14 anos têm telefone celular

O consumo de eletrônicos, basicamente computador e telefone celular, foi o que mais cresceu no Brasil em 2011, revelou a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.

Os dados mostram que o esse tipo de bem cresceu entre todas as idades e em todas as regiões do país.

Chama a atenção o fato de que 41,9% das crianças e jovens entre 10 e 14 anos têm celular, um contingente de 10,9 milhões. Refletem um crescimento de 43%.

Os maiores consumidores de celulares no país, porém, são os que têm entre 25 e 29 anos -83,1%.

O computador com acesso à internet foi o bem durável que mais aumentou sua presença nos lares brasileiros.

A alta na posse de computador e de celular supera a de bens como carros, geladeiras e fogões, que tiveram desoneração de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no ano passado.

O professor de economia Otto Nogami, do Instituto Insper, afirma que o movimento é reflexo do aumento da renda da população. Ele alerta, no entanto, que os percentuais de crescimento de alguns produtos superaram o de aumento da renda, que foi de 8,2%.

"Isso indica que as pessoas estão se endividando para comprar esses produtos."

Dos domicílios verificados, 22,4% tinham computador com acesso à internet em 2011, alta de 39,8% em relação a 2009. Ao todo, 46,5 milhões de pessoas utilizaram o serviço em 2011.

REGIÕES

O Nordeste foi a região do pais onde se registrou a maior alta (13,3%), mas continua tendo a menor parcela de população conectada à web: apenas 34%.

O acesso à internet no Sudeste atingiu 54,2% da população; no Centro-Oeste, 53,1%; no Sul, 50,1%; e no Norte, 35,4%.

O dados sobre celular seguem a mesma tendência. O Nordeste é o que mais cresce, mas continua sendo o menos atendido.

No Brasil, os celulares estavam em 69,1% dos lares em 2011 -alta de 19,9%.

O consumo de celular na região Nordeste, que tem apenas 59,4% da população atendida, subiu 31,4%.

A alta é superior à verificada no Centro-Oeste, que é a região mais bem atendida, com 78,7% com acesso.