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Olívio Fiori (1945-2012)

Sagui, borracheiro de Bebedouro

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A maioria dos amigos de Olívio Fiori teria dificuldade de se recordar de algum Olívio Fiori, porque pelas bandas de Bebedouro, a 381 km de São Paulo, ele era conhecido por outro nome: Sagui.

O filho Reginaldo diz não saber quem foi que deu ao pai a designação do pequeno primata da família dos calitriquídeos. Foi algum parente, muitos anos atrás, mas a alcunha pegou tão fortemente que seu negócio ficou conhecido como Borracharia do Sagui.

Olívio, ou melhor, Sagui nasceu em Vista Alegre do Alto, onde só ficou os 11 primeiros meses de vida. A família logo se mudou para o Paraná.

Aos nove anos, perdeu a mãe, e o pai, que foi funcionário da Citrosuco, transferiu-se para Bebedouro, por possuir alguns parentes por lá.

Aos 14 anos, começou a trabalhar numa funilaria.

Cerca de 30 anos atrás, abriu a própria borracharia em sociedade com um irmão.

Seus sete primeiros filhos vieram do casamento com Maria de Lourdes, de quem ficou viúvo há 27 anos. Casou-se novamente, com Sônia, e teve mais uma filha. São quatro homens e quatro mulheres. Os homens trabalharam com o pai na borracharia da família.

Sua profissão, que mexe com maquinário pesado e caminhões, exigia muito e judiava do corpo, como conta o filho. Começou a ter um problema na perna há cinco anos.

Por causa do desgaste de um osso do quadril, teve de colocar uma prótese. Nos últimos anos, sofreu com cirurgias malfeitas e rejeição da prótese, o que agravou seu estado de saúde. Morreu anteontem, aos 67. Os filhos vão continuar com a borracharia, mas em outro endereço.

coluna.obituario@uol.com.br

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