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Análise

Uso de câmeras em sala de aula deve ser justificado e aceito pela maioria

MARIA IRENE MALUF
ESPECIAL PARA A FOLHA

Vemos hoje em muitos ambientes públicos que a utilização de câmeras tem aumentado bastante, principalmente visando a segurança das pessoas.

Isso já não causa espanto nem constrangimento.

Da mesma forma, é comum encontrarmos sistemas de monitoramento nos corredores, nos pátios, nas entradas e saídas de várias escolas, tanto para preservar a segurança do local como para supervisionar o comportamento dos alunos.

Enquanto visíveis e com finalidade clara e legítima, esses dispositivos não trazem problemas a ninguém, pois o aspecto intrusivo acaba por ser deixado de lado frente aos evidentes benefícios que agregam.

Entretanto, a utilização de câmeras dentro de sala de aula regular, do ensino fundamental ao médio, diferentemente do uso dessa tecnologia em berçários -quando os pais desejam mesmo à distância cuidar dos filhos ainda muito pequenos-, exige uma reflexão maior entre os familiares, eventualmente os alunos e a direção da escola.

A razão desse cuidado deve ser previamente justificada e aceita pela maioria, para não se criar constrangimento tanto para os estudantes quanto para os professores, que, afinal, se imagina sejam pessoas responsáveis e profissionais capacitados capazes de dar conta de tudo o que ocorre na sua classe, como tem sido até o momento.

MARIA IRENE MALUF é especialista em psicopedagogia e educação especial e editora da revista "Psicopedagogia" da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia)

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