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Sem acordo com MEC, instituto vê racismo em outra obra de Lobato

Entidade entra com representação por causa do conto 'Negrinha'

NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA

Falhou uma nova tentativa de acordo entre o Ministério da Educação e o Iara (Instituto de Advocacia Racial) sobre o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, considerado racista pelo instituto -que entrou ontem com representação na Controladoria Geral da União por causa de outra obra do autor, o conto "Negrinha".

O Iara afirma que o conto, que consta de livro homônimo, distribuído a escolas entre 2009 e 2010, após a polêmica em torno de "Caçadas de Pedrinho", tem conteúdo racista e sexista, e acusa o MEC de improbidade administrativa.

A história narra as desventuras da órfã Negrinha, de sete anos, que sofre maus-tratos diários da patroa.

O instituto argumenta que o MEC não cumpriu sua função de fiscalizar os encartes que acompanham o livro. No caso de "Negrinha", uma nota da editora diz que "não há racismo na obra de Monteiro Lobato".

Em processo que corre no STF, o Iara pede a inclusão de notas em obras de teor racista, apresentando o contexto histórico de sua produção, e a capacitação de todos os professores da rede pública para a leitura dos textos em sala.

Atualmente, o MEC recomenda aos professores apenas a contextualização, medida insuficiente para o Iara.

Sem acordo, o processo seguirá para decisão do relator, ministro Luiz Fux.

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