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Pais dizem que finalmente têm lugar para levar os filhos no centro

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

"Se houvesse mais espaços como este, apareceriam mais famílias como a minha", diz o consultor de vendas Leandro Novais, 25, que levou o filho Luis Arthur, de um ano e seis meses, para brincar no novo parquinho da praça Roosevelt.

Assim como Novais, muitos outros pais que moram no centro da cidade elogiaram as mudanças na praça, reinaugurada anteontem.

A reforma durou dois anos, fora os dois de atraso, e custou 55 milhões. Além do parquinho, o lugar ganhou um cachorródromo, quiosques onde devem ser alocadas floriculturas e uma base da Guarda Civil Metropolitana.

Muitos pais disseram que esse é o primeiro lugar da região aonde podem levar os filhos tranquilamente e que o centro carece de equipamentos para crianças, como balanços e escorregadores.

A administradora Andreia Medina de Oliveira, 35, mora nos Campos Elíseos e nos fins de semana costuma levar a filha Natália, 12, para andar de skate nos parques Ibirapuera e Villa-Lobos.

Ela diz ter gostado da reforma, principalmente, porque se sente "segura com a polícia por perto".

Sua filha aprovou o ambiente da praça para dar umas voltas de skate, já que, para ela, o local "ainda não tem muita gente".

Quem também gostou do piso "lisinho" foi o chef Paulo Enomodo, 25, que chegou a andar de skate na praça antes da reforma. "Prefiro andar no plano e gosto de subir [com o skate] nos bancos."

Algumas pessoas que passeavam pela praça ficaram irritadas com os skates circulando em cima dos bancos.

O designer de interiores Mauro Almeida, 40, que estava sentado com um amigo em um dos bancos, reclamou.

"Nós pagamos por isso com impostos, e eles sobem com o skate e detonam", protestou o designer.

A praça Roosevelt foi reinaugurada na manhã de anteontem, mas 24 horas depois já amanheceu com uma de suas colunas pichadas.

Segundo o inspetor Vanderlei Garcia, da Guarda Civil Metropolitana, a pichação foi feita durante a madrugada de sábado para domingo e removida à tarde, por funcionários da prefeitura.

A tinta era da cor preta e tinha um aspecto parecido com o de produtos utilizados para engraxar calçados.

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