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Defesa Civil interdita prédios comerciais na Barra Funda

Cerca de 1.500 pessoas precisaram deixar ontem duas torres de 16 andares; uma delas apresenta rachaduras

Segundo órgão, edifícios ficarão interditados por tempo indeterminado; a construtora já foi notificada a dar laudo

THIAGO AZANHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Defesa Civil interditou ontem -por tempo indeterminado- duas torres de 16 andares com 192 salas cada no conjunto comercial Lex Offices, na Barra Funda (zona oeste). Cerca de 1.500 pessoas que trabalham no local tiveram que deixar os prédios às pressas.

Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, um dos edifícios apresenta muitas rachaduras.

Os dois edifícios também teriam apresentado "afundamento" após o início de uma obra em frente ao local.

Segundo Nelson Suguieda, 46, responsável da Defesa Civil pela evacuação, a construtora foi notificada para apresentar um laudo técnico e pericial sobre a situação do prédio.

"Não podemos dizer com certeza sem a presença do laudo técnico, mas o prédio, se continuar afundando, pode cair", diz Suguieda.

Na semana passada, o órgão já havia recebido o alerta de uma engenheira que trabalha no conjunto. Ela relatou ter sentido tremores no prédio na quarta e na sexta-feira.

Vistorias foram realizadas no local na mesma semana, mas somente ontem foi dada a ordem para que as torres fossem evacuadas.

TUMULTO

Segundo relatos, houve tumulto quando os funcionários deixaram as salas comerciais, ocupadas majoritariamente por advogados.

"Houve muita confusão e pouca informação", afirma Marise Neves, 30, que trabalha no local.

De acordo com Henrique Marcelo da Silva, 35, dono de uma empresa no 2º andar da torre que apresentou rachaduras, foi preciso montar uma "operação de guerra" para retirar os equipamentos do escritório.

"Agora, estou à procura de um novo local para montar o escritório, pois o trabalho não pode parar", diz.

Segundo Lia Bacus, 26, que trabalha na empresa de Henrique, as rachaduras são evidentes no segundo e sétimo andares, além dos últimos três andares do subsolo -onde funcionam cinco pisos de estacionamento. Há, ainda, infiltrações no prédio.

Funcionários disseram que,desde quando máquinas que fazem a sucção de lama e água no terreno vizinho começaram a funcionar, o prédio começou a "afundar".

Um engenheiro da Subprefeitura da Lapa foi enviado ao local para fazer um laudo. A Defesa Civil organizou a entrada das pessoas que trabalham no local para buscarem seus pertences.

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