As provas de inglês que medem o nível de fluência dos pilotos brasileiros serão menos exigentes com a questão gramatical.
Está em fase de teste, em São Paulo, Rio e Brasília, novo modelo de avaliação que inclui piloto com alto nível de proficiência como avaliador, além de professora de inglês.
Desde 2009, quando a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) decidiu aderir às normas internacionais, os comandantes de voos internacionais passaram a ser obrigados a provar, por meio de uma avaliação oral, que dominam a língua inglesa em nível avançado.
Apenas os pilotos aprovados têm permissão para deixar o país, em aviões comerciais ou privados.
Desde então, o Sindicato Nacional dos Aeronautas questiona os critérios usados durante o exame e diz que a prova no Brasil é mais difícil.
"Manter dois avaliadores no momento da prova é uma prática mundial. Só o Brasil que não estava aplicando. A professora de inglês não tem habilidade ou experiência em contato com a torre de comando, por isso ela dá nota apenas pela pronúncia, conjugação e vocabulário. Isso é importante, mas não pode ser a prioridade", diz Graziella Baggio, do sindicato dos pilotos.
Com a mudança, a meta será balancear melhor a cobrança do conhecimento linguístico com as necessidades práticas dos comandantes. Até o fim do ano, a novidade estará valendo em todo o país.
A Anac diz que adotou a mudança devido à recomendação do organismo internacional do setor, o Icao, que "recomendou a todos os países mudanças na aplicação dos testes, afim de aperfeiçoar a técnica, gerando resultados mais eficazes e ágeis".
À Folha, a Anac também informou que pretende ainda reduzir pela metade o prazo -de até quatro meses- para a entrega das permissões de voo.