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Médicos de 15 Estados podem parar atendimento a planos

Proposta é suspender consultas e exames por até 2 semanas, a depender do local

Profissionais pedem reajuste em valores recebidos; operadoras afirmam que isso ocorre regularmente

DE BRASÍLIA

Vendo como insatisfatória as negociações com as operadoras de saúde, entidades médicas prometem nova paralisação contra os planos -a quarta desde abril de 2011.

A partir de amanhã, médicos de ao menos 15 Estados podem suspender os atendimentos eletivos; os de urgência e emergência deverão ser mantidos. Desta vez, a suspensão pode ser mais longa, a depender do Estado.

No Maranhão, por exemplo, a ideia é que o atendimento a sete operadoras seja suspenso do dia 10 ao 24.

Em São Paulo, a proposta é paralisar do dia 10 ao 18 o atendimento a 12 operadoras.

A orientação é que consultas e exames eletivos marcados para essas datas sejam remarcados pelos médicos.

Os pacientes podem ainda pagar e pedir reembolso aos planos, dizem as entidades que coordenam a paralisação -CFM (Conselho Federal de Medicina), Fenam (Federação Nacional dos Médicos) e AMB (Associação Médica Brasileira).

Amapá, Ceará, Distrito Federal, Pará e Roraima não devem parar, mas há atos previstos. E sete Estados ainda fariam assembleias para decidir o alcance local do movimento.

A mobilização, com as paralisações e atos, está prevista de 10 a 25 de outubro.

Os médicos reivindicam reajuste nos valores pagos pelos planos, assinatura de contratos prevendo índice e periodicidade para reajustes e reajustes coletivos, entre outros.

De 2000 a 2011, segundo as entidades, o reajuste pago pelos usuários às operadoras foi de 150%, e o pago aos médicos ficou próximo de 50%.

Aloísio Tibiriça, do CFM, diz que o país está prestes a ter o "apagão da saúde suplementar", por longas filas, baixos honorários e falta de médicos.

A FenaSaúde, que reúne 15 grupos de operadoras, incluindo algumas grandes no país, diz que suas associadas "praticam reajustes regulares para procedimentos médicos e consultas". "No acumulado de 2005 a 2011, os honorários dos médicos aumentaram em 71,6%, enquanto a inflação acumulada (IPCA) foi de 41,9%." (JOHANNA NUBLAT)

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