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Tumulto desencadeia ação policial, causa pânico e para o metrô no pico

Dezenas de policiais invadem a estação da Luz após passageiros em fuga relatarem tiros no local

Nenhuma arma, marca de tiro ou suspeito foi achado; linha parou por quase 40 minutos na saída do feriado

Eduardo Knapp/Folhapress
Aglomeração de passageiros aguardando a reabertura da estação, após o tumulto inicial
Aglomeração de passageiros aguardando a reabertura da estação, após o tumulto inicial

DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um tumulto na estação da Luz, região central de São Paulo, motivou uma grande intervenção policial, criou pânico entre usuários e fechou parte do metrô por quase 40 minutos no horário de pico e na saída do feriado.

O trecho entre as estações Sé e Armênia -que inclui ainda as estações São Bento e Tiradentes- ficou fechada das 18h39 às 19h16, no sentido Tucuruvi (zona norte).

A estação da Luz é a mais movimentada do metrô, com entrada de 132 mil passageiros em média por dia só na linha 1-azul, onde ocorreu o problema.

A circulação foi interrompida porque os trilhos tiveram de ser desenergizados por causa do tumulto. A medida lotou estações e impactou até as linhas 2-verde e 3-vermelha do metrô, que, perto das 20h30, operavam com velocidade reduzida.

A paralisação ocorreu quando policiais militares e civis invadiram o local após relatos de tiros no terminal. Empunhando pistolas e metralhadoras, dezenas de policiais da Rota (a tropa de elite da PM) e de batalhões do centro, entraram na estação.

Dezenas de passageiros correram e se abrigaram no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), próximo ao local.

PÂNICO E TIROS

"Houve grande correria, gente caindo em cima de gente e todo mundo gritando", disse a assistente administrativa Paula Fernandes de Souza, 22. Ela entrava na Luz quando diversos usuários disseram ter ouvidos tiros. Uma mulher grávida ficou ferida.

O governo de São Paulo, a polícia e o Metrô concluíram depois que nenhum tiro foi disparado apesar dos relatos dos passageiros em fuga.

As primeiras informações davam conta de que dois policiais perseguiam um criminoso em fuga, que atirou contra eles e invadiu a estação.

Mais tarde, porém, a PM informou que o que gerou o tumulto foi uma briga entre um casal e um homem em uma das plataformas da estação.

Durante a briga, alguém disse ter ouvido um tiro, o que desencadeou a correria.

Em abril de 2005, um boato de tiroteio na estação Sé deixou ao menos 12 feridos. Na ocasião, uma pessoa teria gritado ao sair do trem que tiros estavam sendo disparados, espalhando o pânico. Nenhuma arma foi achada.

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