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José Mandacaru Guerra (1917-2012)

Engenheiro e professor da Poli-USP

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Quando jovem, já vivendo em São Paulo, o mineiro de Diamantina José Mandacaru Guerra soube que, em um mês, haveria seleção para o curso preparatório da Poli-USP. Aprovado, sairia formado da faculdade em 1946.

Neto de um industrial do ramo de tecidos que quebrou em 1929, tinha morado em várias cidades antes de vir para a capital paulista, aos 21 anos. O pai, gerente de fábricas de tecidos, mudava-se muito.

Seu sobrenome Mandacaru foi ideia de um bisavô materno que quis homenagear a Independência e, em vez de passar adiante o Ribeiro, deu aos descendentes um sobrenome inspirado numa planta nativa.

Da Poli acabaria sendo professor de resistência de materiais por 23 anos. Em 1948, criou um método na área de cálculo estrutural (chamado "Método de resolução de vigas contínuas"), usado em muitos escritórios, como conta a família. Deu aulas ainda na FEI.

Também foi engenheiro da Caixa Econômica Federal durante 30 anos. Aposentou-se como chefe do departamento de engenharia e seguiu apenas com seu escritório.

Três de seus cinco filhos são engenheiros; dois tocam hoje o negócio do pai, que se afastou por volta dos 85 anos.

Nos últimos 60 anos, foi casado com Maria Antonieta, professora. Todos os anos se lembrava do dia em que a conheceu num baile de Carnaval de 1950, ao som de "General da Banda". A Diamantina, que adorava, voltava sempre.

Foi ficando fraquinho com a idade, segundo a família. Morreu no sábado (6), aos 95. Teve cinco netos. A missa do sétimo dia será amanhã, às 9h, na igreja Nossa Senhora de Fátima, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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