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Luiz Fernando Höfling (1943-2012)

Um procurador cercado de mulheres advogadas

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Na época em que Luiz Fernando Höfling foi procurador da Fazenda Nacional, seu cargo não era exclusivo. Isso lhe permitia manter seu escritório e advogar para bancos.

Natural de Rio Claro (SP), onde o pai, Paulo Höfling, foi prefeito em 1947, veio para São Paulo aos 17 e entrou no cursinho preparatório para a Faculdade de Direito da USP.

Formado em 1966, foi para a Espanha logo após terminar os estudos para estudar relações exteriores. Voltou em 1968 e começou a trabalhar na Assembleia Legislativa de SP. Depois, foi procurador do município de 1972 a 1976 e da fazenda de 1976 a 1998, quando se aposentou.

Nesse período, atuou como advogado do Banorte e, mesmo após o banco passar por intervenção, continuou trabalhando para a instituição.

Também chegou a ser diretor jurídico da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

A mulher, Lubélia, lembra que o marido parecia sério e bravo, mas era doce e não sabia dizer não -estava sempre socorrendo quem precisava.

Vivia em ambiente formado por mulheres advogadas. Além de Lubélia, a ex-mulher e as duas filhas do primeiro casamento são advogadas. Teve ainda uma terceira filha com a atual mulher. A família brincava que até os cães da casa eram do sexo feminino.

Adorava ler. "Um bom uísque e um livro o deixavam feliz." Tinha uma biblioteca beirando 3.000 volumes e estava relendo "Ulisses", de James Joyce. Gostava de Proust, Paul Auster e Georges Simenon.

Sofria de câncer de pulmão. Morreu na segunda (8), aos 68. A missa do sétimo dia será na segunda, às 9h, na igreja São José, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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