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Maria Aparecida Salles (1929-2012)

A secretária, a manteiga Aviação e o Rio

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Na casa onde a paulistana Maria Aparecida Salles, a Cida, cresceu, um produto nunca faltava à mesa. Ela e os dois irmãos desde pequenos só consumiam uma manteiga: a da Laticínios Aviação.

Acontece que o pai deles foi Antônio Salles, um comerciante que teve um único trabalho na vida, como lembra Maria Luiza, irmã de Cida: Salles foi diretor sócio da tradicional marca de manteiga. Morreu em 1974.

Na capital paulista, Cida trabalhou em escritórios, como secretária de várias empresas. Foi também funcionária do Palácio dos Bandeirantes, durante o governo de Abreu Sodré (1967-1971).

Pequenina, com 1,50 m de altura, era calma, discreta, de pouco falar e muito meiga, como lembra a irmã. Tinha dom para trabalhos manuais.

Como artesã, fazia bordados e tricôs, além de pinturas em madeira. Alguns dos trabalhos ela chegou a vender.

Foi casada, teve dois filhos, mas depois se divorciou. Nos últimos 23 anos, já com os filhos casados e vivendo fora de São Paulo, mudou-se para o Rio de Janeiro, para ficar com a irmã. Lá, teve aulas de pintura e dizia adorar morar no Alto do Leblon.

Gostava mais da capital fluminense do que de São Paulo, como conta a irmã. Para ela, a cidade paulista tinha ficado muito tumultuada.

Sua saúde foi piorando nos últimos cinco anos. Sofria de cirrose hepática, que acabou levando-a à morte na sexta-feira (5), aos 82 anos, no Rio, onde foi cremada. Deixa uma neta e dois bisnetos.

A missa do sétimo dia será amanhã, às 18h, na igreja Nossa Sra. Mãe do Salvador (Cruz Torta), em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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