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Ciclofaixas impulsionam venda de bike para passeio

Com área de lazer em expansão em São Paulo, lojas aumentam o faturamento

Bicicletas voltadas para a cidade, conhecidas como 'confort', já representam 70% das vendas em algumas lojas

FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO
DANIELA ARAI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Das simples e baratas às turbinadas e caríssimas, as bicicletas estão cada vez mais presentes nas ruas de São Paulo aos domingos e feriados, desde que a prefeitura decidiu ampliar suas ciclofaixas.

De um tímido trajeto de 5 km inaugurado em agosto de 2009, entre os parques do Povo, Ibirapuera e das Bicicletas, as áreas de lazer saltaram para 81,5 km no final do mês passado, com a ligação entre a Paulista e a região central.

Além dos ciclistas, os lojistas têm motivo para comemorar: em alguns casos, o faturamento com vendas -especialmente das bicicletas de passeio- e manutenção das magrelas aumentou em até 45%.

O motivo, segundo comerciantes, está nas ciclofaixas, que têm atraído em média 100 mil pessoas por domingo, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

"Muita gente tinha as bikes encostadas em casa e agora vê a oportunidade de usar de novo", diz William José Alves Rodrigues, 27, que trabalha na loja General Bike, na região de Moema (zona sul). Segundo ele, o lucro da loja aumentou em 45%.

Em muitas lojas, a melhora no faturamento foi puxada pelas bicicletas de passeio, conhecidas como "confort".

Rafael Nascimento, da Bike Town, em Campo Belo (zona sul), conta que, nos fins de semana, o movimento subiu, e as "confort" já representam 70% das vendas.

Outros modelos, para outros tipos de superfície, também registraram aumento na venda, mas não tão grande.

Na loja Sport Star, na região dos Jardins, a saída das bikes de passeio triplicou, de acordo com funcionários.

Além da venda e da customização das bikes, a Tag and Juice, aberta em 2010 na Vila Madalena (zona oeste), apostou na diversificação de serviços para atrair mais clientes. A loja reúne moda, arte, livros e filmes ligados ao universo da mobilidade urbana, em um espaço com um café e uma pequena galeria de arte.

"Sentimos um aumento da demanda desde que inauguramos", afirma Billy Castilho, um dos donos, segundo o qual, neste ano, o faturamento aumentou em 70%, impulsionado pelas ciclofaixas.

Para Paulo Renato Krafucki Gomes, 44, proprietário da Casa Alberto, que desde 1968 está no centro da capital, a recente ciclofaixa que leva à região central ainda não fez efeito. "Mudou só para quem está perto da ciclofaixas. Tem até gente abrindo lojas perto delas", afirma.

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