Renato Guimarães Júnior (1938-2012)

Defendeu famílias de vítimas da TAM

Depois de se formar em direito pela PUC de Campinas, no começo dos anos 60, Renato Guimarães Júnior tomou um navio cargueiro e zarpou com um amigo para os EUA.

Em Nova York, estudou inglês e foi de carona até a Califórnia, onde morava um primo. Nesses dois anos fora, lavou pratos para sobreviver.

Natural de Limeira (SP), Renato era filho do dono de um cartório. Aos 14 anos, mudou-se para Campinas, para ser interno num colégio diocesano.

Na época da faculdade, conheceu a mulher, Isaura, que o esperou durante sua aventura americana. Ela lhe mandava cartas rompendo o namoro. Ele respondia fingindo que não havia recebido nada.

De volta ao Brasil, retomou o namoro e esperou ser aprovado no concurso para promotor para se casar, em 1966.

Nos anos 70, voltou aos EUA, com mulher e filhos. Trabalhou para a OEA (Organização dos Estados Americanos), como especialista jurídico na área de energia nuclear.

No fim dos anos 80, aposentou-se como promotor. Passou a advogar para familiares de vítimas de acidentes aéreos.

O primeiro caso que pegou, em 1987, foi o de um voo da Varig que "sumiu" ao sair da Costa do Marfim rumo ao Rio.

A partir de 1996, trabalhou para familiares das vítimas do acidente do Fokker-100 da TAM que caiu em São Paulo.

Era são-paulino roxo e foi ao Japão ver seu time ser tricampeão mundial, em 2005.

Na quinta (4), em Londres, onde mora um filho, sentiu-se mal à noite e morreu aos 74, devido a uma doença arterial coronariana e a uma embolia pulmonar. Foi enterrado anteontem, em Limeira. Teve três filhos e três netos.

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