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Juíza condena dez por golpe contra clientes de seguradora

Casos envolveram a Porto Seguro entre 1999 e 2004

JULIA BOARINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Justiça de São Paulo condenou, no último dia 4, dez pessoas ligadas a um esquema que fraudou clientes da Porto Seguro de 1999 a 2004.

Além de funcionários da seguradora, foram condenados quatro policiais civis, um advogado e uma empresária.

Em 2005, o grupo foi acusado pela Promotoria de montar um esquema de fraude para não pagar indenizações a segurados que tinham veículo roubado ou furtado.

Cerca de 600 inquéritos foram abertos no 27º DP (Campo Belo) para investigar acusados de vender carros no Paraguai e depois pedir indenização para a seguradora.

Advogados paraguaios contratados pela quadrilha produziam em três cartórios de Ciudad del Este os registros da compra dos veículos roubados no país vizinho.

O cliente era então pressionado pelos funcionários da seguradora a desistir da indenização. Na decisão, de primeira instância, a juíza Sônia Nazaré Fernandes Fraga, da 23ª Vara Criminal do Estado, afirmou que os acusados faziam parte de uma "organização criminosa articulada, com perfeita divisão de tarefas e atuação internacional".

Eles foram condenados por extorsão, falsificação de documentos, denunciação caluniosa, formação de quadrilha e falso testemunho.

Foram condenados a 11 anos e três meses de reclusão Luiz Paulo Horta Siqueira (ex-diretor jurídico da Porto Seguro), Joel Rebelato de Mello (ex-gerente jurídico), Nelson Peixoto (ex-diretor de sinistros), Carlos Alberto Manfredini (advogado da empresa), os delegados Reinaldo Correa, Guaracy Moreira Filho e Enjolras de Araújo e o escrivão Geraldo Picatiello Junior.

Sérgio Antônio Lopes, funcionário do departamento de sinistros, e Nanci Concílio de Freitas, dona da WSN Comercial, que prestava serviços à Porto Seguro, pegaram uma pena de 9 anos e três meses.

A Porto Seguro disse que os profissionais vão recorrer. A Secretaria da Segurança Pública informou que os policiais são investigados pela Corregedoria -o processo aguardava a decisão judicial.

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