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Tá bom, mas pode melhorar

Ciclista que é consultor do mercado de bicicletas testa ciclofaixa do centro e aponta erros e acertos

FABIO BRAGA
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Todo dia ele pedala até o trabalho. Ao menos uma vez por mês, também percorre, com a mulher, a ciclofaixa de lazer entre os parques Villa-Lobos, do Povo e Ibirapuera.

Ontem, Erick Azzi, 38, consultor do mercado de bicicletas e bike-fitter (profissional responsável por ajustar a magrela para o ciclista), andou pela primeira vez, a pedido da reportagem, na ciclofaixa do centro -que ganhou mais um trecho, entre as praças Dom José Gaspar e Roosevelt.

Ele listou os acertos e problemas que diz ter encontrado no trajeto -iniciado pouco depois do meio-dia- entre a recém-reformada praça Roosevelt e a avenida Paulista.

Um acerto: conciliar o aspecto esportivo (por exemplo, propiciando subidas como a da Vergueiro) com o turístico. "Já já vai ter um monte de 'gringo' andando de bicicleta, ainda mais com essas que a gente consegue alugar."

Para o consultor, a ciclofaixa cria no centro um ambiente em que a população pode ocupá-lo sem passar rápido por seus principais marcos.

Um problema: em muitos trechos, como o que passa pelo calçadão entre a praça Dom José Gaspar e o Theatro Municipal, a demarcação da área de lazer é bastante confusa.

"A ciclofaixa mostra o caminho, mas, ao mesmo tempo, gera dúvidas. Não se sabe se é para direita ou para esquerda, se é para andar pedestre ou ciclista", afirma Azzi, que viu motos estacionadas num dos acessos.

O consultor, que elogia a ciclofaixa por ser segura e não intimidar o ciclista, diz que a do centro é mais confusa do que a de Pinheiros. Por isso, deveria haver nela mais investimento na educação dos pedestres, motoristas e ciclistas.

"Às vezes, acidentes podem acontecer porque a coisa não é muito esclarecida."

Ele sugere que algumas vias, como a avenida Vergueiro, tenham o estacionamento interrompido aos domingos. "O tráfego perde uma linha e, como são avenidas os lugares escolhidos, muitas vezes o trânsito é penalizado", afirma.

Isso, para ele, causa estresse para quem está de carro. Mas, se tem cara feia de motorista, a ciclofaixa do centro tem também vistas que a similar da região de Pinheiros não proporciona, como compara.

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