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Ministério quer exame nacional para futuros médicos

Prova, defendida por Alexandre Padilha (Saúde), seria aplicada a cada dois anos nos cursos de graduação

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde defende a aplicação de uma prova nacional, a cada dois anos, para alunos de medicina, a fim de melhorar a avaliação da qualidade dos cursos.

O "exame de progresso", como chamou o ministro Alexandre Padilha (Saúde), seria aplicado no segundo, no quarto e no sexto anos do curso. "Não podemos abrir mão da qualidade da formação médica", justifica.

Dados do censo da educação superior de 2010 registram 181 cursos de medicina em todo o país, totalizando 103.312 matrículas.

O secretário de gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales, afirmou que a aplicação de provas bienais faz parte de um "movimento conjunto" com a expansão das vagas de medicina ocorrida recentemente.

Em junho, o MEC (Ministério da Educação) anunciou a abertura de 2.415 vagas em cursos da área. Em 2010, foram oferecidas 16.838 vagas em todo o país.

"Hoje, o estudante de medicina faz o chamado Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes] no início do curso e no final, e passa todos os seis anos sem avaliação", afirma Sales.

"Entendemos que uma avaliação mais de perto, seguida e continuada, proporciona um olhar diferenciado sobre aquela formação."

Um resultado insatisfatório no teste, explica, pode motivar a redução de vagas no vestibular para medicina de uma determina instituição ou até mesmo a paralisação da oferta por um período.

O secretário afirma que ainda não há um prazo para a aplicação das provas nem detalhes sobre o conteúdo dos exames. Segundo ele, o MEC, entretanto, foi "bem receptivo" à proposta da pasta.

RESIDÊNCIA

O Ministério da Saúde divulgou ontem a criação de 1.623 vagas de residência médica, voltadas para áreas com maior necessidade de especialistas, como pediatria e anestesiologia.

As bolsas fazem parte do Pró-Residência, criado em 2009 para ampliar a formação de especialistas em áreas prioritárias para o SUS.

O impacto da medida é de R$ 46,4 milhões. Ao todo, são oferecidas atualmente 10.434 vagas de residência médica.

O ministério quer ainda criar um cadastro nacional de especialistas, para saber quantos são os profissionais e onde estão atuando.

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