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Presidente da Câmara de Uruguaiana é preso suspeito de exploração sexual

Polícia acredita que esquema vitimou ao menos 10 adolescentes

KELEN RAUBER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM URUGUAIANA (RS)

O presidente da Câmara de Uruguaiana (RS), Francisco Azambuja Barbará (PMDB), foi preso ontem por suspeita de exploração sexual de adolescentes. No total, a Operação Clientela, da Polícia Civil, que durou seis meses, prendeu dez pessoas e indiciou 12.

Além do vereador, conhecido como Kiko Barbará, foram presos quatro empresários, um advogado, um mototaxista, três supostos aliciadores, um cafetão e a mãe de uma das meninas, suspeita de ser conivente com o crime.

O caso foi investigado pelo delegado Thiago Albeche, com o apoio de mais quatro delegados e 40 policiais civis de várias cidades do RS.

O objetivo foi coibir crimes de prostituição de adolescentes no município, situado na fronteira com a Argentina.

De acordo com Albeche, as investigações começaram após denúncias e levaram a nomes de pessoas que promoveriam o aliciamento de jovens entre 14 e 18 anos de idade.

Os aliciadores faziam contatos com clientes e levavam os menores para um local de encontro. O delegado afirma que há fotos e vídeos em que Barbará é flagrado com as menores. Ele, porém, não divulgou as imagens, alegando que o caso está sob sigilo.

A polícia acredita que ao menos dez menores carentes, entre meninas e meninos, tenham sido vítimas de exploração. Há relatos de que isso ocorria há mais de dois anos.

O vice-presidente da Câmara, José Clemente Corrêa (PT), disse que adotou medidas administrativas. "Esse fato será submetido à apreciação da Comissão de Ética e à analise do dispositivo que fala da ausência do vereador em cinco reuniões ordinárias, levando à exoneração do cargo."

Procurado, o advogado de Barbará não atendeu às ligações da reportagem.

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