Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Marginal Pinheiros vira líder em morte por atropelamento

Segundo a CET, nove pessoas morreram na via de janeiro a junho deste ano

Pedestres deixam de usar passarelas para economizar tempo na travessia; marginal Tietê é a 2ª em mortes

TATIANA CAVALCANTI
DO “AGORA”

A marginal Pinheiros passou a liderar o ranking de vias com mais mortes por atropelamentos em São Paulo no primeiro semestre deste ano.

Dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mostram que a avenida teve nove mortes entre janeiro e junho deste ano, contra três no mesmo período de 2011.

No ano passado, a marginal ocupava a 6ª posição, ao lado de outras 12 vias. A avenida Jacu-Pêssego liderava (veja quadro nesta página).

A reportagem esteve ontem no km 17,5 da marginal Pinheiros, no trecho em que se chama avenida Guido Caloi, no Jardim São Luís (zona sul). Em uma hora, flagrou duas pessoas arriscando a vida.

Funcionários de um posto de combustíveis afirmam que atravessam a marginal para economizar tempo. Segundo eles, a passarela é longe e o caminho até ela é perigoso.

O gerente do posto, Paulo Roberto Rosa, 43, atravessa a marginal para pegar o ônibus fretado. "Se eu for procurar a próxima faixa de pedestre, que fica na estação de trem Santo Amaro, demoro cerca de 30 minutos. Atravessando a Pinheiros, levo cinco."

Outra via perigosa é a marginal Tietê, que se manteve na vice-liderança do ranking, com sete mortes. A avenida Senador Teotônio Vilela (zona sul) ocupa a terceira colocação, com seis mortes.

PASSARELAS

Para Creso de Franco Peixoto, professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e especialista em trânsito, em uma via de 70 km/h -velocidade da marginal Pinheiros em alguns pontos-, a probabilidade de morte em caso de atropelamento é muito alta.

"Para acabar com mortes nessa via, é necessário construir uma passarela na área de maior perigo", afirma.

"É um absurdo não ter passarela ou faixa de pedestre aqui", diz o técnico em refrigeração Alexandre Silva, 22, que tentava cruzar a via perto da ponte Transamérica.

A CET diz que finaliza uma análise a respeito das mortes deste ano, principalmente na marginal Pinheiros, para identificar as razões para o aumento das ocorrências.

A terceira fase do Programa de Proteção ao Pedestre teve início em fevereiro deste ano, diz a CET, com ações voltadas para corredores que tiveram o maior número de mortes por atropelamentos de janeiro a outubro de 2011.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.