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Análise

Volta da propaganda às ruas pode ter resultados positivos

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

O fim da publicidade exterior foi o maior ganho da gestão Gilberto Kassab (PSD), que termina daqui a pouco mais de dois meses.

Com limites, em locais específicos, a propaganda, no entanto, voltará às ruas pelas mãos do próprio Kassab.

Em troca, os paulistanos terão onde se abrigar para esperar o ônibus, receberão informações precisas sobre a linha que atende sua necessidade e poderão ver a hora e outras informações -como temperatura e qualidade do ar- com mais precisão.

Além disso, há um ganho financeiro. A prefeitura deixa de gastar dinheiro com manutenção e substituição dos abrigos -cerca de R$ 30 milhões por ano- e relógios.

Além disso, irá faturar em cima -o Orçamento do município para 2013 prevê uma receita de R$ 78 milhões com a concessão dos serviços.

Esse é um grande negócio para quem é do ramo. O investimento chega à casa do bilhão, mas o dono do negócio é dono também do monopólio da propaganda nas ruas da maior cidade do Brasil.

Como ninguém vai querer vincular sua marca a equipamentos sujos, quebrados, destruídos, a tendência é que os abrigos e relógios funcionem adequadamente.

A responsabilidade da manutenção do mobiliário é da empresa concessionária. E ainda há multas para quem demorar a fazer o conserto.

CRÍTICAS

Há críticas, claro. Os arquitetos queriam que a prefeitura fizesse um concurso para definir os modelos de relógio e de abrigo para não deixar nas mãos das empresas as escolhas. E o prazo de concessão, muito longo -25 anos-, também foi criticado.

No balanço final, concordam todos os especialistas, há mais pontos positivos que negativos. A cidade terá mais e melhores equipamentos e serviços em troca da volta organizada da propaganda -sem aquela bagunça que era antes da Lei Cidade Limpa.

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