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Para Secretaria da Segurança de SP, homicídio teve 'pequena alta'

Aumento de latrocínio se deve à maior ação de jovens que não temem punição, diz delegado

Presos que fogem após indulto também respondem por parte das mortes, afirma comandante da PM

DE SÃO PAULO
DO “AGORA”

Jovens cometendo crimes e presos que tiveram o benefício de indultos de saída temporária são alguns dos responsáveis pelo aumento da criminalidade no Estado.

Essas são justificativas dadas pelos chefes das polícias Civil e Militar paulistas para o aumento das taxas de homicídio e latrocínio (roubo com morte) em setembro.

Em nota, a Secretaria da Segurança disse que São Paulo teve "pequena alta" nos homicídios, "mas não a ponto de alterar substancialmente a taxa por 100 mil habitantes". O texto diz que ela é de 10,56 casos por 100 mil habitantes, mas não informa o índice anterior.

A capital registrou aumento de 96% nos casos.

O delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro, diz que o aumento nas mortes durante roubos se deve "à participação cada vez maior de adolescentes e adultos com menos de 25 anos nesses crimes".

"É o perfil de criminoso que não se sente amedrontado em ir para a cadeia. Ele já passou pela Fundação Casa [antiga Febem] e acha que sempre vai ficar impune."

Carneiro diz ser contra a redução da maioridade penal, mas defende que o adolescente cumpra a metade da pena prevista ao adulto.

Já o comandante da PM, Roberval França, disse que parte dos 920 homicídios no Estado foi cometida por condenados que deixaram a prisão temporariamente em indultos e não voltaram.

"Por ano, temos cerca de 8.000 presos que não retornam dos indultos. De junho para cá, capturamos 900 foragidos. Eles têm sua parcela na criminalidade."

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