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Antonio Carlos Penteado de Moraes (1929-2012)

Um promotor de Justiça e advogado

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Era marcante em Antonio Carlos Penteado de Moraes, como conta a família, a capacidade de ficar amigo dos amigos dos filhos e, ultimamente, dos amigos dos netos, hoje entre os 13 e os 22 anos.

Os filhos (foram quatro) começaram a aparecer pouco após o rapaz nascido em Campinas e crescido em Santos se graduar em direito, na turma de 1954 da PUC de São Paulo.

Em 1955, casou-se com a dona de casa Helena Maria.

Seu pai trabalhou no armazém do cais, em Santos, e embora Penteado, como era chamado, tenha crescido no bairro do Gonzaga e sido vizinho de Pelé, tornou-se corintiano.

Como lembra a filha Maria Teresa, o pai começou a carreira de promotor no interior.

Já na capital, atuou em casos de repercussão, como o incêndio do edifício Joelma. Em 1969, presidiu uma sindicância para apurar irregularidade no Hospital do Juqueri.

Em 1974, foi nomeado para presidir a Pró-Menor (Fundação Paulista de Promoção do Menor), atual Fundação Casa.

Aposentou-se como desembargador e, a partir de 1985, associou-se aos advogados Luís Francisco Carvalho Filho e José Carlos Dias num escritório.

Em 1990, defendeu a Folha num processo de calúnia movido pelo ex-presidente Collor por causa de reportagens que revelavam a contratação, sem licitação, de agências de publicidade que tinham trabalhado na campanha do presidente. Os jornalistas do grupo foram absolvidos em 1992.

Adorava ouvir música, caminhar no Clube Pinheiros e tomar chope com sua turma de amigos ex-promotores.

Morreu anteontem, aos 83 anos, em decorrência de uma septicemia. Teve seis netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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