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União reduziu em 61% gastos com inteligência

AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

Embora a União tenha prometido ajudar São Paulo na área de informação e inteligência policial, no ano passado, a gestão Dilma Rousseff (PT) reduziu em 61% o investimento nesse setor.

Em 2011, conforme dados divulgados ontem no anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o governo gastou R$ 37,7 milhões nessa rubrica, contra R$ 96,7 milhões gastos em 2010.

As despesas nessa área específica são as menores desde 2006, quando o Fórum passou a analisar as estatísticas de segurança pública e os gastos no setor no Brasil.

Para o pesquisador Vasco Furtado, membro do Fórum e professor da Universidade de Fortaleza, essa redução implica diretamente no trabalho das polícias.

"Desde a criação do plano nacional de segurança pública, no governo Fernando Henrique Cardoso [PSDB], houve um consenso de que os governos estaduais não têm condições sozinhos de implementar sua política de segurança. Se a União reduz esse investimento na área, certamente há um impacto negativo."

Para ele, um dos problemas é que projetos positivos em qualquer área da segurança são sempre interrompidos.

"O que é bom exemplo hoje vai deixar de ser amanhã. Essa descontinuidade é um dos poucos consensos em segurança pública", afirmou.

Durante a divulgação do anuário, outros especialistas, como o sociólogo Renato Sérgio de Lima, conselheiro do Fórum, afirmaram que não necessariamente essa redução significa piora na qualidade dos trabalhos.

"O que mais importa é investir com qualidade."

OUTRO LADO

A diretora de pesquisa da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), Isabel Figueiredo, afirmou que a redução se deve a um corte generalizado no Orçamento federal no ano passado.

Além disso, conforme ela, a Senasp, órgão do Ministério da Justiça, investe na capacitação de policiais, mas esse gasto acaba não sendo lançado como despesa com informação e inteligência.


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