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Cotidiano

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Clube teve a 1ª piscina olímpica do continente

DE SÃO PAULO

Pode parecer inimaginável, mas houve um tempo em que o rio Tietê dava peixe em um cenário bucólico com pontes de madeira e um trajeto mais sinuoso.

Nada de caminhões e fumaça. O que havia eram banhistas, nadadores e praticantes do remo.

Muitos clubes nasceram em suas bordas tendo inicialmente o remo e a natação como sua razão de existir, e o Tietê seguramente é um dos exemplos mais fulgurantes. A sala empoeirada com seus 2.200 troféus, flâmulas e retratos antigos conta um pouco desta história.

João Senna, avô do piloto Ayrton, remava por essas águas. O presidente de honra da Fifa, João Havelange, começou a dar suas braçadas por ali. Em 1940, foi construída no clube a primeira piscina olímpica do continente.

Vários atletas que utilizavam o Tietê como base de treinamento representaram o país em olimpíadas, e não só nos esportes aquáticos. Como Adhemar da Silva, bicampeão mundial em salto olímpico (1952 e 1956).

Os bailes de Carnaval e os concursos de Miss Tietê eram célebres. Também conhecida era a rixa com o menos elitista clube Esperia, vizinho que fica do outro lado do rio e continua em atividade.

A queima de fogos no ano novo era objeto de disputa: ganhava o espetáculo mais prolongado.

O Tietê também se notabilizou por receber as performances dos aqualoucos, atletas-palhaços que faziam estripulias no trampolim de 10 metros de altura. Ronald Golias era o líder do grupo.

As gargalhadas que despertava com seu uniforme de irmão metralha e a máscara de mergulho foram o passaporte para a TV.

"O que complicou nossa vida foi a poluição do rio. Porque comprometeu toda a natação e o remo", diz Wagner Carniato, funcionário há 35 anos. "O Tietê cresceu junto com São Paulo. É uma pena São Paulo agora destruir esse patrimônio."


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