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Difícil é convencer família a sair, diz coordenador

DE BRASÍLIA

Além do ritmo lento de investimentos para prevenir e gerenciar desastres, o governo federal enfrenta dificuldade em capacitar e identificar pessoas preparadas para mobilização e retirada de famílias antes das tragédias.

"A gente tem desastre todo dia, mas a população não acredita que pode acontecer na casa dela", afirma Rafael Schadeck, chefe do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres).

Schadeck conta com uma equipe de 95 pessoas que se dividem em turnos de 24 horas para prestar suporte a Estados e municípios.

Para ele, o mais difícil é conseguir mão de obra capaz de convencer as famílias a deixarem suas casas e pertences diante do risco iminente de desastres.

Sem previsão de novas contratações, Schadeck aposta nos simulados para treinar moradores de áreas de risco a saberem como reagir em dias de alagamento e fortes chuvas.

Neste mês, 14 cidades das regiões Sul e Sudeste vão sediar os simulados. Também serão capacitados 110 profissionais para atuarem em áreas de risco.

MAPEAMENTO

O governo também se prepara para analisar a vulnerabilidade de 68 municípios nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Nenhum deles no Rio ou em São Paulo, Estados tradicionalmente castigados por chuvas. Até 2014, no entanto, o Cenad pretende mapear as áreas mais críticas de 821 cidades.

"Risco zero não existe, mas identificar áreas de risco e fazer obras preventivas facilita o trabalho de gerenciamento de possíveis desastres", explica Schadeck, admitindo que o sistema de prevenção de desastre ainda precisa amadurecer, em especial nos Estados e municípios.

AÇÕES INTEGRADAS

Para a geóloga Kátia Camil, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), o mapeamento geológico é a base para saber onde e como estão as áreas de risco. A partir do próximo ano, São Paulo vai começar esse levantamento em 31 municípios.

"Mas ações precisam ser integradas, com manutenção regular de esgoto e contenção de encostas o ano todo, uma defesa civil preparada e projetos estruturantes. Não se faz obras do dia para a noite."


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