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Dilma é vaiada ao usar a expressão 'portador de deficiência' em discurso

Presidente cometeu gafe em evento sobre tema, mas logo se desculpou

DE BRASÍLIA

O discurso da presidente Dilma Rousseff gerou reclamações e até vaias da plateia que participava ontem da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília.

A causa da indignação foi a expressão "portador de deficiência", usada pela presidente. Logo após o deslize, Dilma pediu desculpas e trocou a palavra "portador" por "pessoa". "Portador não é muito humano, pessoa é, né?", afirmou.

Após a correção, ela foi aplaudida pela plateia.

Desde 2009, quando o Brasil ratificou uma convenção internacional de pessoas com deficiência, o termo "portador" foi abolido.

Antônio Ferreira, secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, preferiu encarar a gafe de Dilma como "ato falho".

"O pessoal não se sentiu ofendido. A reação foi por um desejo de correção, foi pedagógica", disse, completando que "se portasse uma deficiência, a deixaria em casa".

O secretário, que é deficiente visual, afirma que o termo "portar" não condiz com a condição das pessoas com deficiência.

No momento do deslize, Dilma falava sobre duas visitas recentes que fez à Rede Sarah de hospitais de reabilitação -uma em Brasília, há duas semanas, e outra em São Luís (MA), na segunda.

A presidente contava à plateia que ficou impressionada com o uso de alta tecnologia para deixar o tratamento menos doloroso quando acabou chamando as pessoas com deficiência de "portadores".

"Eu fiquei muito impressionada [ao ver] como a tecnologia pode nos ajudar a dar condições melhores de vida, melhores oportunidades para portadores de deficiência", disse. Logo em seguida, foi vaiada por parte da plateia.


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