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Derretendo

São Paulo teve a ontem a madrugada mais quente desde 2005 (mínima de 23,9º C); no Rio, a temperatura durante o dia foi a maior desde 1915, quando a medição começou a ser feita

Adriano Vizoni/Folhapress
Em meio ao calor, o pequeno Gabriel Frega, 2, brinca como tio Sérgio Frega, 30, na piscina do Clube Atlético Juventus
Em meio ao calor, o pequeno Gabriel Frega, 2, brinca como tio Sérgio Frega, 30, na piscina do Clube Atlético Juventus
DE SÃO PAULO DO RIO

Nem mesmo as madrugadas têm refrescado os moradores de São Paulo e do Rio.

Os paulistanos encararam ontem a madrugada de dezembro mais quente dos últimos sete anos, com mínima de 23,9º C, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A medição foi feita no Mirante de Santana, na zona norte da cidade.

Na primeira hora de ontem, a temperatura era de 27,9°C.

Já os cariocas enfrentaram 33ºC na madrugada e 43,2ºC de dia (calor mais intenso desde o começo da medição, em 1915), apontou o Climatempo.

A máxima foi registrada em Santa Cruz (zona oeste). Em Copacabana (zona sul), ficou em 36,5ºC.

Segundo meteorologistas, o calor está intenso porque uma massa de ar quente de alta pressão impede que frentes frias cheguem à região.

São elas que refrescam as noites, diz Celso Oliveira, da Somar. "Elas trazem ventos do sul, mais frios. [Nos últimos dias] acabaram predominando ventos do norte, que vêm da linha do Equador."

A alta umidade do ar ainda aumenta a sensação térmica nas duas cidades.

Ontem, São Paulo registrou temperatura máxima de 30,6º C à tarde, segundo o Inmet.

Em dezembro, a média das temperaturas está quase 3,5°C acima do normal para o mês. "São elevadas para os padrões de São Paulo", diz a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo.

O mês também foi o mais chuvoso do ano, com precipitação 65% acima do normal.

A previsão é que amanhã chegue uma frente fria, o que deve amenizar a temperatura, mas também causar temporais até o Ano-Novo.

A situação deve chegar ao Rio pouco antes do Réveillon e se manter na virada do ano.

Enquanto o calor não diminui, sofrem por exemplo aqueles que precisam trabalhar engravatados.

"O que dá para fazer é tirar o terno na hora do almoço", afirma o bancário Sandro Acrisio, 31, de São Paulo, que não pode tirar a gravata nem em véspera de feriado.

O seu colega Julimar Silva Bezerra, 28, tem a mesma rotina, mas reclama mais do calor na madrugada. "Parece que durante a noite fica a mesma temperatura. Já comprei um umidificador e a minha próxima aquisição vai ser um ar-condicionado", diz.

"Não venta. Abro a janela e não vejo nenhuma folha se mexendo. A casa fica toda aberta e não adianta", conta o engenheiro Felipe Cabaz Mello, 26.


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