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Bafômetro flagra 138 embriagados em vias estaduais no Carnaval

Número representa 1,8% dos motoristas testados pela polícia nas rodovias de São Paulo, mesma taxa de 2012

Especialista diz que motorista ainda não assimilou a lei seca e pede campanhas de educação agressivas

GIBA BERGAMIM JR. AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

A polícia triplicou o número de abordagens durante as blitze da lei seca nas rodovias estaduais de São Paulo no Carnaval e deteve 138 motoristas bêbados -também o triplo de flagrados em relação ao feriado de 2012.

Além da lei seca mais rigorosa, em vigor desde dezembro passado, o Estado fez forte campanha nos últimos dias, anunciando aumento da fiscalização.

Com os policiais militares foram colocados nas blitze peritos criminais para avaliar as condições dos motoristas, fazendo, inclusive, testes para detectar o uso de drogas em projeto-piloto na capital.

Embora o número de testes de bafômetro tenha saltado de 2.500 para 7.500, o percentual de motoristas flagrados foi o mesmo de 2012.

Os 138 motoristas detidos embriagados -com índice superior a 0,33 mg de álcool por litro de ar expelido- representam 1,8% do total de condutores testados (1,8%), o mesmo do ano anterior, quando 46 foram flagrados.

Esses motoristas foram levados às delegacias e vão responder a inquérito criminal.

Já a proporção de pessoas flagradas dirigindo sob efeito de álcool -com 0,05 a 0,33 mg de álcool por litro de ar expelido- também quase não se alterou. Foram 611 este ano (8,1% do total) contra 214 no ano passado (8,5%).

Esses condutores são submetidos apenas a processo administrativo, têm a carteira suspensa e pagam multa.

No Estado do Rio, o comportamento foi semelhante: apesar de o número de motoristas abordados ter crescido 42%, o total de condutores multados aumentou 11,6%.

Para o advogado Márcio Dias, especialista em direito do trânsito, o percentual de embriagados não caiu porque é difícil mudar o costume de dirigir após consumir álcool.

"As pessoas ainda não assimilaram a lei seca. Acham que a lei só resultará em multa, mas esquecem que podem ser vítimas de um acidente grave. Essa cultura leva tempo para mudar", afirmou.

Para Dias, as campanhas publicitárias mostrando a gravidade de dirigir embriagado tinham de ser mais agressivas.

"Deveria ser tão dura quanto a publicidade de cigarros."

MORTES EM QUEDA

Nos 22 mil quilômetros de estradas, houve redução de mortes (12,9%), acidentes (41,5%) e feridos (58,7%).

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) atribuiu a redução das ocorrências ao aumento das blitze da lei seca em todo o Estado. "Foram menos mortes nas estradas e menos vítimas de acidentes."


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