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Análise

Vencerá quem transmitir a sensação de ter feito justiça

LUIZ FLÁVIO GOMES ESPECIAL PARA A FOLHA

O réu Gil Rugai negou, uma vez mais, a autoria dos disparos que atingiram mortalmente o seu pai e a sua madrasta em 2004. A fase probatória do julgamento acabou sem chegar a uma verdade processual incontestável.

O vigilante viu o acusado 20 minutos após os disparos no local do crime e, a partir daí, outros indícios surgiram.

A defesa habilmente adotou a tática da desconstrução desses indícios ou, ao menos, do valor incriminatório absoluto desse indícios. Mas não conseguiu de forma clara colocar nenhuma pessoa no local e no momento do crime.

Em razão da enorme quantidade de informações prestadas em mais de 30 horas de instrução, fica evidente a responsabilidade das partes, nos debates finais, de arrumar as peças, conferindo-lhes coerência e credibilidade.

Nessa hora crucial, particularmente quando se sabe que o quadro probatório permite mais de uma interpretação, são sumamente relevantes alguns atributos: excelente oratória, plausibilidade do discurso fundado nas provas do processo e extraordinária capacidade de persuasão.

Vencerá quem transmitir aos jurados a mais tranquilizadora sensação de ter feito justiça no caso concreto.


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