Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Médica acusada de antecipar mortes em hospital é solta

Para defesa, Virgínia não traz riscos às investigações; Ministério Público informou que irá recorrer da decisão

Chefe de UTI nega as acusações e afirma que elas se devem a um 'entendimento errôneo de termos médicos'

ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA

A médica Virgínia Helena Soares de Souza, 56, acusada de antecipar a morte de pacientes para liberar leitos da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, foi solta na tarde de ontem. Ela estava presa desde 19 de fevereiro.

A decisão é do juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba. Ele atendeu ao pedido de revogação de prisão preventiva feito pela defesa da médica.

Virgínia, que era chefe da UTI desde 2006, foi denunciada sob acusação de sete homicídios e formação de quadrilha. Outras mortes também estão sendo investigadas pela polícia.

A médica nega as acusações e diz que elas se devem a um "entendimento errôneo de termos médicos".

A prisão preventiva de Virgínia fundamentava-se principalmente no risco de que, com Virgínia livre, os funcionários então subordinados a ela omitissem informações à investigação ou cumprissem ordens para provocar a morte de mais pacientes.

Segundo o advogado Elias Mattar Assad, responsável pela defesa da médica, esse risco hoje é nulo, uma vez que ela já não chefia a UTI e os antigos funcionários também não trabalham mais no local. Além disso, a defesa sustentou que a médica tem endereço fixo e é ré primária.

O Ministério Público do Paraná informou que irá recorrer da decisão. Segundo o advogado de Virgínia, a médica o abraçou e empalideceu quando recebeu a notícia sobre sua soltura.

Ela deixou o Centro de Triagem 1 por volta das 16h. Virgínia não falou com a imprensa e seguiu para casa.

Apesar da decisão, a Justiça proibiu que Virgínia exerça temporariamente a medicina. Para o Ministério Público, a médica ordenava a aplicação de bloqueadores neuromusculares ou anestésicos às vítimas, e então diminuía a quantidade de oxigênio nos respiradores, provocando a morte por asfixia.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página