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São Paulo, quinta-feira, 01 de janeiro de 2004

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DESVIOS DO CAPITAL

Promotoria italiana investiga se funcionários do Bank of America estariam envolvidos no escândalo

Mais suspeitos do caso Parmalat são presos

DA REDAÇÃO

A polícia italiana prendeu ontem outros sete suspeitos de participação no escândalo financeiro que envolve o grupo italiano de laticínios Parmalat.
Embora nove ordens de prisão tenham sido expedidas até agora -uma delas para o fundador da empresa, Calisto Tanzi, preso no sábado passado-, só sete pessoas estão sob custódia.
Segundo o jornal britânico "Financial Times", entre os detidos estão dois ex-diretores financeiros da Parmalat (Fausto Tonna e Luciano Del Soldato) e dois executivos da empresa de auditoria Grant Thornton, afiliada ao grupo (o chairman Lorenzo Penca e seu sócio Maurizio Bianchi).
Gianpaolo Zini, advogado da empresa de laticínios, também foi preso, assim como dois contadores da companhia, Gianfranco Bocchi e Claudio Pessina. Outro executivo da Parmalat, que estaria fora da Itália, foi indiciado, mas não havia sido preso.
Os promotores italianos começam a investigar se funcionários do escritório do Bank of America na Itália podem estar envolvidos na fraude. A informação, de agências noticiosas italianas, não foi confirmada pela promotoria.
Segundo agências de notícias internacionais, um dos suspeitos presos ontem, Bocchi, teria afirmado à Justiça italiana que Del Soldato instruiu um funcionário da empresa para que destruísse, com um martelo, um computador que tinha documentos forjados em sua memória.
Um oficial da SEC (Securities and Exchange Commission), órgão do governo dos EUA que regulamenta o mercado financeiro, encontrou promotores ontem em Milão para saber sobre o andamento das investigações.

Empréstimos
A Parmalat -há cerca de duas semanas sob a direção do executivo Enrico Biondi, especialista em salvar empresas em crise- deve pedir neste mês novos empréstimos a bancos para continuar funcionando. No sábado passado, um tribunal da cidade de Parma decretou a insolvência do grupo.
Com essa decisão, a empresa poderá continuar pagando seus empregados e os produtores de leite e, com isso, se manter funcionando.
A empresa anunciou ontem que contratou um consultor para encontrar um comprador para a sua fabricante de biscoitos Archway, sediada nos Estados Unidos.


Com agências internacionais e o "Financial Times"


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