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DESVIOS DO CAPITAL
Promotoria italiana investiga se funcionários do Bank of America estariam envolvidos no escândalo
Mais suspeitos do caso Parmalat são presos
DA REDAÇÃO
A polícia italiana prendeu ontem outros sete suspeitos de participação no escândalo financeiro
que envolve o grupo italiano de
laticínios Parmalat.
Embora nove ordens de prisão
tenham sido expedidas até agora
-uma delas para o fundador da
empresa, Calisto Tanzi, preso no
sábado passado-, só sete pessoas estão sob custódia.
Segundo o jornal britânico "Financial Times", entre os detidos
estão dois ex-diretores financeiros da Parmalat (Fausto Tonna e
Luciano Del Soldato) e dois executivos da empresa de auditoria
Grant Thornton, afiliada ao grupo
(o chairman Lorenzo Penca e seu
sócio Maurizio Bianchi).
Gianpaolo Zini, advogado da
empresa de laticínios, também foi
preso, assim como dois contadores da companhia, Gianfranco
Bocchi e Claudio Pessina. Outro
executivo da Parmalat, que estaria
fora da Itália, foi indiciado, mas
não havia sido preso.
Os promotores italianos começam a investigar se funcionários
do escritório do Bank of America
na Itália podem estar envolvidos
na fraude. A informação, de agências noticiosas italianas, não foi
confirmada pela promotoria.
Segundo agências de notícias
internacionais, um dos suspeitos
presos ontem, Bocchi, teria afirmado à Justiça italiana que Del
Soldato instruiu um funcionário
da empresa para que destruísse,
com um martelo, um computador que tinha documentos forjados em sua memória.
Um oficial da SEC (Securities
and Exchange Commission), órgão do governo dos EUA que regulamenta o mercado financeiro,
encontrou promotores ontem em
Milão para saber sobre o andamento das investigações.
Empréstimos
A Parmalat -há cerca de duas
semanas sob a direção do executivo Enrico Biondi, especialista em
salvar empresas em crise- deve
pedir neste mês novos empréstimos a bancos para continuar funcionando. No sábado passado,
um tribunal da cidade de Parma
decretou a insolvência do grupo.
Com essa decisão, a empresa
poderá continuar pagando seus
empregados e os produtores de
leite e, com isso, se manter funcionando.
A empresa anunciou ontem que
contratou um consultor para encontrar um comprador para a sua
fabricante de biscoitos Archway,
sediada nos Estados Unidos.
Com agências internacionais e o
"Financial Times"
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