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Cemig amplia fatia na Light e avança no setor energético
Companhia mineira já atua em 20 Estados e no Chile; novo alvo da estatal é empresa de Brasília
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A estatal mineira Cemig
(Companhia Energética de Minas Gerais) segue avançando
na sua política de ampliar a
atuação no mercado brasileiro
de energia, com o fechamento
do acordo que aumenta a sua
participação na Light (empresa
com atuação no Estado do Rio),
anunciado anteontem.
Nos últimos quatro anos, a
Cemig, até então voltada exclusivamente para o mercado consumidor de Minas Gerais, expandiu os seus negócios e agora
atua em geração, distribuição e
transmissão em 20 Estados,
além do Chile.
Em 2009, a empresa mineira
de energia já havia comprado
por R$ 2,2 bilhões a Terna Participações, braço brasileiro da
estatal italiana Terna SpA. A
empresa de transmissão atua
em 11 Estados (SP, MG, RS, SC,
BA, GO, MA, PB, PE, RN e TO).
Em 6 de outubro passado,
quando o governador Aécio Neves (PSDB) acertava na Itália a
transferência dos ativos da Terna para a Cemig, a estatal anunciava, em Belo Horizonte, que
estava em entendimentos finais para fechar o acordo com a
Andrade Gutierrez e a Pactual
Energia Participações, finalizado anteontem.
A Cemig, que já integrava o
grupo controlador da Light
desde 2006, terá agora 39% do
controle da empresa. A transferência das ações envolvendo
todas as empresas, inclusive a
participação de terceiros, vai
envolver cerca de R$ 1,6 bilhão,
informou a companhia.
O apetite energético da Cemig, entretanto, não para por
aí. A empresa tem essa política
de expansão pelo território nacional estabelecido em seu plano diretor. Desde 2005, ela começou a fazer aquisições e a
ampliar sua participação em
negócios do setor.
"O aumento da participação
da Cemig na Light segue a estratégia de aumentar sua parcela em todos os segmentos do
mercado brasileiro de energia
elétrica, buscando permanentemente um retorno compatível com cada atividade", disse a
empresa em nota.
Passo adiante
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas
Gerais e presidente do Conselho Administrativo da Cemig,
Sérgio Barroso, afirmou que o
aumento do controle na Light
"representa um passo adiante
na implementação" dessa estratégia traçada pelo governo.
Outra negociação está em andamento, mas sem definições
até o momento. A Cemig tem
interesse em participar do controle da CEB (Companhia
Energética de Brasília).
Em maio, Aécio foi pessoalmente a Brasília tratar dessa
questão com o governo do Distrito Federal.
Além das energias hidrelétrica e termelétrica, a estatal
avançou recentemente para a
eólica, quando adquiriu, por R$
213 milhões, três usinas desse
tipo no Ceará.
Desde que teve início a política de expansão, o valor estimado da estatal mineira saltou de
R$ 4 bilhões (no início da gestão Aécio Neves) para cerca de
R$ 20 bilhões.
(PAULO PEIXOTO)
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