ANA CAROLINA DANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu ontem, em Paris, uma ação mais eficaz do G20 financeiro, o grupo dos países mais ricos do mundo, na proposição de regras para regular os mercados financeiros.
Mantega chegou à capital francesa para uma série de encontros com o objetivo de medir a temperatura da crise desencadeada pelos créditos imobiliários de risco nos EUA.
O principal encontro da agenda foi o almoço com a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde. "Como presidente do G20 vim conversar com a ministra [que será a próxima presidente do grupo que reúne o ministros das Finanças da União Européia] para que possamos, junto com o FMI, fazer propostas para coibir as distorções que ocorreram e que levaram à crise do "subprime"."
Essa posição é compartilhada pelo governo francês, que já vem defendendo uma maior transparência e regulamentação das operações financeiras. Na minicúpula realizada na última terça-feira entre França, Itália, Alemanha e Inglaterra, o presidente Nicolas Sarkozy adotou o mesmo discurso.
Mantega voltou a dizer que os países emergentes, entre eles o Brasil, não devem ser afetados diretamente pela crise internacional. Disse que o governo não pretende, por enquanto, diminuir a previsão de 5% de crescimento da economia brasileira, mesmo que o BC estime um percentual de 4,5%.
Em relação à suspensão das importações de carne bovina brasileira pela União Européia, Mantega qualificou a decisão de precipitada e injustificada. O ministro diz que espera uma solução rápida para o impasse.


Texto Anterior: Lucro do Google cresce menos no 4º trimestre
Próximo Texto: Brics: PIB da Rússia se acelera e cresce 8,1% em 2007
Índice